A cidade natal de Juscelino Kubitschek tem um belo Centro Histórico, com muitas construções preservadas. Turismo Histórico e Cultural.
Diamantina, a cidade natal de Juscelino Kubitschek tem um belo Centro Histórico, com muitas construções preservadas — há dez anos, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A melhor pedida para conhecer as vielas e becos dessa área é estacionar o carro e partir para um passeio a pé, parando para fazer compras nas lojinhas de artesanato e, de vez em quando, ouvir música de fanfarra, seresta e rodas de violão.
As igrejas funcionam durante meio período, em horários alternados. Para visitá-las, compre um passe (R$ 5) que vale para as três igrejas que abrem pela manhã ou para as três que abrem à tarde.
As igrejas funcionam durante meio período, em horários alternados. Para visitá-las, compre um passe (R$ 5) que vale para as três igrejas que abrem pela manhã ou para as três que abrem à tarde.
Com muitas construções preservadas, Diamantina foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1999
Suspenso sobre a rua, o Passadiço da Glória é uma pitoresca passagem que liga dois sobrados históricos de Diamantina (Sérgio Mourão/Acervo Setur MG)
Beco do Mota (Sérgio Mourão/Acervo Setur MG)O diamante e o ouro descobertos no século 18 trouxeram grande afluxo de riqueza à região do Alto Jequitinhonha, próxima à serra do Espinhaço. É deste período o casario colonial de traços portugueses da cidade. A decadência do ciclo minerador ajudou a preservar a pequena mancha urbana de Diamantina, cuja economia passou a ser basicamente agrícola na virada do século 20.
Placa indicando o Caminho dos Escravos, parte da antiga Estrada Real do Brasil Colônia (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Boneca e fogão a lenha confeccionados em Diamantina (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Músicos tocando em Diamantina (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Além do passeio a pé pelas ruas e calçadas do Centro Histórico, não deixe de visitar as igrejas de Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis, o pitoresco passadiço que liga duas casas na Rua da Glória e dar um pulo na casa do presidente que idealizou Brasília. Outra atração interessante é o Garimpo Real.
A Casa Juscelino Kubitschek, residência do ex-presidente dos 5 aos 18 anos, exibe fotos da família Kubitschek e instrumentos do médico JK (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Antiga cadeia de Diamantina (João Castilho/Agência Caixa Preta)COMO CHEGAR
Localizada a 300 quilômetros de Belo Horizonte e a 720 de Brasília, Diamantina é acessível pela BR-367, ligada à BR-259, que sai da BR-040 (BH-Brasília), na altura de Curvelo.
A profusão de santos negros da Igreja Nossa Senhora do Rosário reforça a origem étnica dos escravos, que construíram boa parte do local (João Castilho/Agência Caixa Preta)
A Casa de Chica da Silva exibe uma exposição permanente de quadros em que Chica personifica os sete pecados capitais (João Castilho/Agência Caixa Preta)
As viações Pássaro Verde (www.passaroverde.com.br) e Gontijo (www.gontijo.com.br) possuem até oito saídas diárias de ônibus a partir de Belo Horizonte, com preços a partir de R$ 74. A partir de São Paulo, a viagem dura 13h e sai por cerca de R$ 130.
Cachoeira dos Cristais (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Nascida em uma extinta fábrica de tecidos no final do século 19, a vila de Biribiri tem casas de operários, escola, barbearia e igreja (João Castilho/Agência Caixa Preta)
ONDE FICAR
Diamantina possui algumas boas pousadas, muitas instaladas em antigos casarões com mobília de época. Confortos modernos e café da manhã com delícias mineiras fazem parte da experiência. Veja aqui a seleção de hospedagens em Diamantina feita pelo GUIA QUATRO RODAS BRASIL.
Os programas na vila de Biribiri são nadar no rio homônimo e aproveitar o clima de arraial sem fazer nada (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Sobrados em Diamantina (João Castilho/Agência Caixa Preta)QUANDO IR
A Vesperata é a maior manifestação musical de Diamantina, realizada em dois sábados por mês (março/outubro). Músicos locais sobem as escadarias dos casarões para apresentar obras do cancioneiro popular.
A Igreja Nossa Senhora do Carmo, mais rica da cidade, tem altares folheados a ouro e imagens portuguesas do século 18 (Milton Shirata)
Cachaças em armazém na vila de Milho Verde (João Castilho/Agência Caixa Preta)
A Semana Santa tem como um de seus destaques a encenação da Sexta-Feira da Paixão, com cerca de cem guardiões romanos e duzentos outros participantes reproduzindo a Via Sacra, entre duas igrejas da cidade, que mudam a cada ano. A crucificação encerra a apresentação. À noite, a procissão de sepultamento vai da Catedral de Santo Antônio até a Igreja do Carmo. Na manhã do Domingo de Páscoa, as ruas são enfeitas com flores, areia e serragem, e nas janelas dos sobrados surgem colchas e toalhas coloridas.
Igreja Nossa Senhora do Rosário (Milton Shirata)
Em visita à Igreja São Francisco de Assis repare nas pinturas e no estilo rococó, e não deixe de subir à torre dos três sinos para tirar uma das melhores fotos do centro histórico (Sérgio Mourão/Acervo Setur MG)
Carnaval — Os desfiles de batuques e blocos pelas ruas do Centro Histórico deram fama ao Carnaval de Diamantina. Grupos como o Bartucada e Bat Caverna atraem turmas de universitários, que lotam pousadas, casas alugadas e repúblicas. Madrugada adentro, os jovens invadem a Praça do Mercado Velho para curtir os shows e a azaração.
Artistas locais sobem nas escadas dos casarões para apresentar músicas do cancioneiro popular na Vesperata, a maior manifestação musical da cidade (Acervo do Projeto Fragmentos Visuais do Séc. XXI)
Cantata de Páscoa (Acervo do Projeto Fragmentos Visuais do Séc. XXI)
BOM DIA. BEM VINDO AO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE. BEM VINDO A DIAMANTINA.
Do lado de fora da Igreja Nossa Senhora do Rosário ficam a Cruz da Gameleira e o Chafariz do Rosário (João Castilho/Agência Caixa Preta)
Livraria Espaço B Café (João Castilho/Agência Caixa Preta)AQUI, UM BAIRRO, COM VISTA DA CATEDRAL
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PRAÇA VICENTE FONSECAcopyrigth "Marilene Rodrigues S..."
AQUI, A BELÍSSIMA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO
copyrigth "Marceloesalgado"
IGREJA DO ROSÁRIO
copyrigth "Marceloesalgado"
VISTA DE UM BAIRRO DA CIDADE
copyrigth "Barbosa"
VISÃO DA REGIÃO LESTE
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AQUI, DIAMANTINA ENCRAVADA NAS MONTANHAS DE MINAS
copyrigth "Xavier NYX"
VISÃO GERAL DA CIDADE
copyrigth "Filico"
BECO DO ALECRIM
copyrigth "PMD"
UM DOS CASARÕES DA CIDADE
copyrigth "Fernando Bezerra"
CENTRO, NUM DIA DE CARNAVAL. QUE ALIÁS, É TRADICIONAL E ATRAI TURISTAS DE TODO O BRASIL. O CARNAVAL DE DIAMANTINA JÁ EH MUITO FAMOSO.
copyrigth "Fabinho Augusto"
PASSADIÇO DA GLÓRIA
copyrigth "Gui Torres"
PRAÇA DOUTOR PRADO
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PRAÇA "JK"
copyrigrh "Gildaziogil"
UMA DAS ESTREITAS RUAS DA CIDADE
copyrigth "Gildaziogil"
RUA DA QUITANDA
copyrigth "PMD"
RUA DAS NAÇÕES UNIDAS
copyrigth "Marilene Rodrigues S..."
MAIS UMA PRAÇA
copyrigth "Gildaziogil"
OUTRA RUA ESTREITA
copyrigth "Gildaziogil"
VEJA O CALÇAMENTO DESTA RUA. VEJA AS CONSTRUÇÕES. A GENTE LITERALMENTE, VIAJA NO TEMPO.
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TRAVESSA MERCEDES MOURÃO
copyrigth "Marilene Rodrigues S..."
NA ÁREA RURAL DA CIDADE, É BELEZA QUE NÃO ACABA MAIS.
AQUI, A CACHOEIRA DA SENTINELA
copyrigth "Diogo Cabral"
CACHOEIRA DA TOCA
copyrigth "Carmoro"
CACHOEIRA DO VÉU
copyrigth "Gui Torres"
CAMINHO DOS ESCRAVOS
copyrigth "Gui Torres"
ESPINHAÇO
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População estimada 2016 (1) - 48.095
Área da unidade territorial 2015 (km²) - 3.891,659
Densidade demográfica 2010 (hab/km²) - 11,79
Código do Município 3121605
Gentílico - diamantinense
Prefeito 2017 / JUSCELINO BRASILIANO ROQUE
Gentílico: diamantinense
Histórico
DIAMANTINA MINAS GERAIS Monografia Nº: 580 Ano: 1975
ASPECTOS HISTÓRICOS
O SURTO aurífero verificado na região do Ivituri, em fins do século XVII, motivou uma expedição com o fito de explorar as minas do território. Fracassada a mineração nas terras do vale do Jequitinhonha, o grupo rumou para oeste orientado pelo pico de Itambé até a confluência de dois rios: Pururuca (em tupi-guarani, "cascalho grosso") e o rio Grande acampando (1691) nas margens de um riacho a que denominaram Tijuco e do qual originou o arraial do mesmo nome, mais tarde cidade de Diamantina.
Não existia, naquele sítio, abundância de ouro, como a princípio se supôs. Este fracasso inicial ameaçava o desenvolvimento da povoação, quando a descoberta de diamantes por Bernardo da Fonseca Lobo fez convergir (1729), para as áreas do Tijuco, a cobiça de habitantes das terras vizinhas, transformando o arraial em lugar de esplendor e grande luxo. O progresso local durante esta época esteve conjugado com o comércio diamantífero.
Não existia, naquele sítio, abundância de ouro, como a princípio se supôs. Este fracasso inicial ameaçava o desenvolvimento da povoação, quando a descoberta de diamantes por Bernardo da Fonseca Lobo fez convergir (1729), para as áreas do Tijuco, a cobiça de habitantes das terras vizinhas, transformando o arraial em lugar de esplendor e grande luxo. O progresso local durante esta época esteve conjugado com o comércio diamantífero.
Chegando a notícia da descoberta à Corte Portuguesa, D. João V começou por proibir as minerações, através da ordem Régia de 16 de março de 1731, ao Governador das Minas D. Lourenço de Almeida.
Em 1732, no entanto, ante reiteradas petições ao governador, foram restabelecidas com a condição de não serem praticadas por escravos ou fora do arraial; dois anos depois, foi criada a Real Intendência, com o objetivo de evitar que os garimpeiros se subtraíssem à fiscalização da Coroa, o que desencadeou uma ação terrorista contra eles. Em vista disso, a Real Coroa, em 1738, resolveu implantar o regime de contratos para a extração de diamante.
Em 1732, no entanto, ante reiteradas petições ao governador, foram restabelecidas com a condição de não serem praticadas por escravos ou fora do arraial; dois anos depois, foi criada a Real Intendência, com o objetivo de evitar que os garimpeiros se subtraíssem à fiscalização da Coroa, o que desencadeou uma ação terrorista contra eles. Em vista disso, a Real Coroa, em 1738, resolveu implantar o regime de contratos para a extração de diamante.
Nomeado contratador, pouco tempo depois, João Fernandes de Oliveira estimulou construções, o comércio floresceu, surgiram as primeiras igrejas, ensejando a que o arraial conhecesse tempos de grande prosperidade.
Os garimpeiros, todavia, viveram dias de grande opressão durante o regime dos contratos; o poderio dos contratadores era tão atuante que os transformava em verdadeiros carrascos na execução dos atos impostos pela Real Coroa. É desta época o célebre Livro da Capa Verde, código que controlava os atos da população sob seus vários aspectos. Os intendentes cumpriam fielmente os artigos despóticos do livro. Depois de luta incansável, os tijucanos conseguiram, em 1821, a reforma do código, fazendo diminuir o poderio dos intendentes.
Por esta época, o arraial do Tijuco foi visitado por diversas figuras de nomeada internacional: Spix, Von Martius, Saint-Hilaire, Eschwege, John Mawe, dentre outros, lá estiveram.
A partir de 1828, a povoação, ultrapassado o período inicial de seu crescimento, livre da simples ambição de riqueza, teve amplo desenvolvimento; a sociedade se organiza, definem-se as classes sociais e surge o interesse pela cultura Em conseqüência Diamantina se tornou um dos centros mais florescentes da época.
A elevação do arraial do Tijuco á categoria de vila, com o nome de Diamantina, ocorrido em 1831, a criação da cidade do mesmo nome, passados sete anos, foram, dentre outros, fatos que contribuíram decisivamente para o progresso daquela região.
AQUI, A BANDEIRA DA CIDADE DE DIAMANTINA, MINAS GERAIS
ESTE EH O BRASÃO DO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA, MINAS GERAIS
copyrigth "Henrique Cesar Rocha"
Fonte dos textos e fotos: Wikipédia / IBGE / viagemeturismo.abril.com.br / Portal do Governo de Diamantina
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