CIDADES BRASILEIRAS - DE A a Z : TUPANCIRETÃ / RIO GRANDE DO SUL (5.325 / 5.570)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

TUPANCIRETÃ / RIO GRANDE DO SUL (5.325 / 5.570)










Monumento aos Gaúchos 
Monumento inaugurado no dia 13 de setembro de 2010, início da Semana farroupilha, em homenagem ao povo gaúcho, em que uma mão segurando uma cuia com o mapa do RS foi esculpida em pedra de arenito e fixada na rótula de cruzamento entre as principais avenidas da cidade, em frente a Praça Coronel Lima. 



Monumento Origem Históricas 
O monumento das Origens Históricas foi criado alusivo a história de Tupanciretã, sobre sua ligação com o povo indígena, suas culturas em agricultura e pecuária. 
Localizado no início da Avenida Serafim Bravo, entrada da cidade de Tupanciretã. 


Cruz do Maragato 
Este monumento foi construído em um local histórico do Município, onde foi palco da batalha entre Chimangos e Maragatos na Revolução de 1923, movimento armado ocorrido no RS. O local exato da Cruz do Maragato representa a morte de combatente que foi morto por engano por seus companheiros, fato que se sucedeu-se por ter esquecido a senha de identificação. 

Igreja Matriz Mãe de Deus 
A Paróquia Mãe de Deus pertence à Arquidiocese de Santa Maria e foi fundada no dia 02/02/1920, no município de Tupanciretã, RS, emancipado politicamente em 1928. Na Paróquia temos atualmente 33 comunidades na cidade e no interior, além de diversas pastorais e movimentos atuantes. O município tem cerca de 22 mil habitantes. A expressão indígena Tupanciretã significa "Terra da Mãe de Deus". A história do município e as raízes da paróquia remontam, portanto, à epoca das reduções jesuíticas nessa região central do RS, há séculos atrás. 

Vista aérea
Centro da cidade

Vista parcial
Pórtico de chegada



Ruas da cidade


Viaduto da via férrea
Dados gerais da cidade de Tupanciretã, Rio Grande do Sul
Código do Município - 4322202 
Gentílico - tupanciretanense 
Prefeito (2017) CARLOS AUGUSTO BRUM DE SOUZA 
População estimada [2019] 23.948 pessoas 
População no último censo [2010] 22.281 pessoas 



Densidade demográfica [2010] 9,89 hab/km² 
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2017] 2,6 salários mínimos 
Pessoal ocupado [2017] 3.132 pessoas 
População ocupada [2017] 13,2 % 
Posição geográfica da cidade de Tupanciretã no estado do Rio Grande do Sul
História da cidade de Tupanciretã, Rio Grande do Sul
Tupanciretã 
Rio Grande do Sul - RS 
Histórico 
Segundo Manoelito de Ornellas: 'não há terra que não tenha, a parte de sua história, a ressaltar dentre o canhenho cronológico dos fatos, uma lenda, um motivo misterioso, que a crendice popular às vezes cria e a tradição consagra.' 



Tupanciretã, que tem um passado com raízes profundas na vida missioneira, não podia escapar à fatalidade dessa contingência. O seu nome, Tupan-ci-retan, encerra uma lenda. Todas as reduções jesuíticas foram batizadas com nomes de santos da igreja católica apostólica romana. Aqui, porém, os jesuítas invocaram o nome da mãe de deus e o fizeram na língua bárbara, com a denominação pitoresca de Tupan-ci-retan. 



A fazenda jesuítica apenas assinalada pela capelinha tosca, já existia no alto de um coxilhão deserto, e as árvores do mato crioulo, à tarde, projetavam-lhe sombra larga das suas ramarias. Ao lado, sob o amparo de uma cruz modesta, mal resistia a fúria das tempestades, um rancho pobre, coberto de palha, que tinha a finalidade amiga de acolher os poucos viandantes que por ali passavam. O local nada mais era do que um posto de São João. Dentro da capelinha, tão pobre como esquecida, apenas uma imagem tosca enfeitava a tábua erguida como altar. Era uma imagem da madona dos céus, da senhora dos crentes. 



Um dia, em que pelos caminhos mal delineados da serra, passavam um missionário e alguns poucos índios, uma tempestade os colheu nas proximidades do planalto da coxilha grande. A noite chegava, e com ela o pânico e o terror. Quando a desorientação desesperava o padre e os poucos índios companheiros, um relâmpago lhes mostrou na fímbria do horizonte, em plena noite, um vulto mal definido. A silhueta que os relâmpagos mostravam, perto, era a imagem da madona exposta ao furor da tempestade, que arrebatara da capela pequenina a cobertura frágil. 



O sacerdote, cheio de alegria cristã, exclamou: 'tupan-ci', e os índios, aterrorizados, repetiram: 'tupan-ci-retan', que na língua indígena quer dizer: tupan= deus, cy= mãe, e retan = terra, ou seja 'terra da mãe de deus' 
Tupanciretã era povoado pelos índios charruas e minuanos, posteriormente por elementos de origem polonesa. 



Com a fundação das Missões, em fins do século XVII, foi estabelecido que os índios ficassem numa Fazenda Jesuítica, no planalto da coxilha grande, onde nascem os cursos de água de Caneleira, Buracos e Ijuizinho que ficou pertencendo à redução de São João e possuía uma capela, currais e arvoredos frutíferos. Batidos os estrangeiros na luta pela posse das Missões e com a retirada dos Jesuítas em 1801, os índios venderam os rincões da fazenda, consumindo seus gados, e se retiraram, deixando muita terra em mãos de grandes fazendeiros, que mais tarde emanciparam o município. 

Com a Lei de 21 de outubro de 1843 a fazenda foi incorporada aos próprios nacionais (Fazenda Nacional), mas os que já estavam de posse da mesma, não estiveram de acordo por considerarem-se seus legítimos proprietários. 
Surge então o Dr. Hemetério José Veloso da Silveira, para advogar a causa de Alexandre Jacinto da Silva e João Nunes da Silva, que, ocupando a região da antiga fazenda, consideravam-se legítimos proprietários dela, tendo ganho de causa. 



Os sócios João Nunes da Silva e Alexandre Jacinto da Silva, que em 1857 dissolveram a sociedade, deixaram a estância abandonada. 
Mais tarde os herdeiros a venderam a diversos compradores, constando que já em 1835 moravam na região Albino José da Silveira e Ana Maria de Jesus, pais de Antônio José da Silveira. Este vislumbrou para o local, onde hoje situa-se Tupanciretã, um desenvolvimento promissor e com desprendimento determinou que na sua propriedade fosse feito um levantamento de área destinada à futura povoação. 



Era o ano de 1894. Não viveu Antônio José da Silveira para ver, 34 anos depois Tupanciretã emancipada. 
A 20 de setembro de 1894, após a inauguração da Estrada de Ferro Santa Maria-Cruz Alta, os revolucionários localizaram o lugar onde está situada Tupanciretã, numa estação intermediária. Esta iniciativa despertou o interesse de muitos, que apostaram na terra moça a possibilidade de futuro promissor na lavoura e na pecuária. Começaram a chegar os primeiros habitantes, a margem que dividia Tupanciretã pelo centro, de um lado Cruz Alta do outro Júlio de Castilhos, começaram a pontilhar os primeiros ranchos e casas. O comércio e a evolução. 



Após a emancipação, o município passou a ter perfil econômico muito satisfatório com grandes estâncias, mas com o passar do tempo com a atividade pecuária sofrendo problemas devido a fatores econômicos, (baixa do preço dos bovinos e também a substituição do produto carne por outros derivados, ex: aves e outros), estas estâncias foram vendidas para agricultores que impuseram ao município grandes áreas de terra, com as plantações de soja, e as demais fazendas para agricultores sem terra que cobiçavam terras improdutivas. 
Gentílico: tupanciretanense
Esta eh a bandeira da cidade de Tupanciretã, Rio Grande do Sul
Este eh o brasão da cidade de Tupanciretã, Rio Grande do Sul


Fonte dos textos e fotos: Wikipédia, IBGE ; Thymonthy Becker / Charlie Styforlamber, Prefeitura Municipal de Tupanciretã, RS 







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